2019 entrou em sua segunda metade, e o ano não está decepcionando quando se trata de filmes de terror. Enquanto esperamos por Midsommar e It: A Coisa 2, agora é a hora certa para relembrar alguns dos melhores longas que horrorizaram o primeiro semestre. NÓS Com Corra! o diretor Jordan Peele demonstrou potencial, mas é em Nós que ele se estabeleceu como um dos principais nomes do terror moderno. Inspirado em contos bizarros de Twilight Zone e de Alfred Hitchcock, a trama acompanha uma família sendo confrontada por sósias violentos, passando então a descobrir todo um mundo de injustiças. CLÍMAX Chegando aos cinemas brasileiros só este ano, o suspense do polêmico Gaspar Noé pode fugir um pouco da definição clássica de terror, mas isso não faz menos traumatizante: ver um grupo de dançarinos lentamente abraçando o caos após tomarem um ponche festivo batizado é belo exércico em como criar tensão a partir de uma premissa tão simples. A MORTE TE DÁ PARABÉNS 2 Continuação do híbrido entre comédia e slasher, A Morte Te Dá Parabéns 2 parece uma sequência desnecessária a primeira vista, mas não demora muito para conquistar com suas pirações de ficção científica e, claro, o enorme carisma da atriz Jessica Rothe, que novamente interpreta Tree presa em um loop temporal em que é perseguida por um assassino mascarado. SUSPIRIA - A DANÇA DO MEDO Assim como Climax, a reinvenção do clássico de Dario Argento pelas mãos de Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome) é do ano passado, mas só chegou ao Brasil em 2019. O remake foge do molde giallo do original e decide investir em uma estética mais surreal, narrando a chegada de uma dançarina americana à uma prestigiada academia de dança na Alemanha durante tempos caóticos - tanto pelo contexto político da época como também pela administração, composta inteiramente por bruxas poderosas em conflito interno. BRIGHTBURN Produzido por James Gunn (Guardiões da Galáxia), esse terror ganha pontos pela criatividade em pegar a origem do Superman e distorcê-la em um conto sombrio sobre uma criança extremamente poderosa, mas que não sabe controlar as próprias emoções. Mesmo errando aqui e ali, vale a pena pela originalidade - e também pelas violentas cenas de morte. ANNABELLE 3: DE VOLTA PARA CASA No mesmo ano do fraquíssimo A Maldição da Chorona, o universo de Invocação do Mal compensa seus vários erros com um acerto inesperado: o terceiro Annabelle, que mostra a filha do casal Warren tendo de enfrentar a presença malígna da boneca. Dirigindo pela primeira vez na vida, Gary Dauberman - roteirista de It: A Coisa - mostra como a já-cansada fórmula criada por James Wan ainda pode render quando há melhor controle dos sustos baratos e das piadas sarcásticas.