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13 de Março Dia Mundial do Rim13 de Março Dia Mundial do Rim

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Publicado em 13/03/2025, Por Biblioteca Virtual em Saúde | Ministério da Saúde

O Dia Mundial do Rim, celebrado todos os anos na 2ª quinta-feira do mês de março, desde 2006, é uma iniciativa conjunta da International Society of Nephrology (ISN) e da International Federation of Kidney Foundations – World Kidney Alliance (IFKF-WKA).

A campanha global visa chamar a atenção sobre a importância dos rins e envolve ações em todo o mundo para aumentar a conscientização sobre comportamentos preventivos, fatores de risco e de como viver com doença renal.

Estima-se que a doença renal crônica (DRC) afete aproximadamente 850 milhões de pessoas em todo o mundo. Se não for detectada e tratada a tempo, pode progredir para insuficiência renal, levando a complicações graves e mortalidade prematura.

Até 2040, a DRC deverá se tornar a 5ª principal causa de anos de vida perdidos, destacando a necessidade urgente de estratégias globais para combatê-la.

O tema de 2025 “Seus rins estão bem? Detecte precocemente e proteja a saúde dos rins” tem como foco a importância de conhecer os fatores de risco para doença renal e a necessidade de exames regulares para populações de alto risco. Assim, é preciso atentar para os pontos chave da campanha:

– Políticas de detecção precoce para indivíduos em risco devem ser implementadas globalmente para reduzir os custos de saúde associados à insuficiência renal e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

– Os profissionais de saúde da atenção primária e da linha de frente na assistência devem ser capacitados para integrar os testes de doença renal nos cuidados de rotina para populações de alto risco, mesmo quando o tempo e os recursos são limitados.

– Os testes de DRC devem integrar-se às intervenções comunitárias já existentes (por exemplo, aquelas que visam à saúde materna, o HIV, a tuberculose e doenças não transmissíveis) para diminuir os custos e aumentar a eficiência.

– Os testes podem ocorrer fora de ambientes médicos, como em prefeituras, igrejas ou mercados, dependendo das regulamentações locais e dos recursos disponíveis.

– Os esforços devem concentrar-se em conscientizar a população geral, promover a saúde e implementar programas educacionais que capacitem os pacientes.

Principais fatores de risco para doença renal:

– Diabetes;

– Hipertensão;

– Doença cardiovascular;

– Obesidade;

– Histórico familiar de doença renal.

Outros riscos incluem:

– Lesão renal aguda;

– Doença renal relacionada à gravidez;

– Doenças autoimunes (como: lúpus eritematoso sistêmico ou vasculite);

– Nascimento prematuro ou com baixo peso;

– Bloqueios no trato urinário;

– Pedras nos rins frequentes;

– Defeitos congênitos que afetam os rins ou o trato urinário.

Nos países de baixa renda a doença renal está frequentemente associada ao estresse térmico sofrido por trabalhadores agrícolas, às picadas de cobra, às toxinas ambientais, aos medicamentos tradicionais, às infecções como hepatite B ou C, ao HIV e aos parasitas.

Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica, quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.

Funções dos rins:

– Limpar todas as impurezas e toxinas do organismo;

– Regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do organismo (sódio, potássio e fósforo);

– Liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue;

– Ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos.

Principais causas da insuficiência renal aguda:

– Choque circulatório;

– Sepse (infecção generalizada);

– Desidratação;

– Queimaduras extensas;

– Excesso de diuréticos;

– Obstrução renal;

– Insuficiência cardíaca grave;

– Glomerulonefrite aguda (inflamação nos glomérulos – unidades filtrantes do rim).

A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.

Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão que também sobrecarrega os rins. Portanto, a hipertensão pode ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental para a prevenção da doença.

Já a diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.

Outras causas são: nefrite (inflamação dos rins), cistos hereditários, infecções urinárias frequentes que danificam o trato urinário e doenças congênitas.

Sintomas:

A progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Por isso, muitas vezes, a doença não manifesta sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins, com perda de até 90% de sua função. Nesses casos, os sinais são:

– Aumento do volume e alteração na cor da urina;

– Fadiga;

– Dificuldade de concentração;

– Diminuição do apetite;

– Sangue e espuma na urina;

– Incômodo ao urinar;

– Inchaço nos olhos, tornozelos e pés;

– Dor lombar;

– Anemia;

– Fraqueza;

– Enjoos e vômitos;

– Alteração na pressão arterial.

Diagnóstico:

A disfunção renal pode ser identificada por meio de dois exames: um de análise da urina e outro de sangue. O primeiro identifica a presença de uma proteína (albumina) na urina, e o exame de sangue verifica a presença de outra, a creatinina.

Tratamento:

Não existe cura para a doença renal crônica, embora o tratamento possa retardar ou interromper sua progressão e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. A insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como terapêutica definitiva de substituição da função renal.

Prevenção:

O primeiro passo é prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal. Outras recomendações:

– Conhecer o histórico de doenças da família;

– Controlar os níveis de pressão;

– Realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos;

– Seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar;

– Controlar o peso;

– Exercitar-se regularmente;

– Não fumar;

– Se fizer uso de bebidas alcoólicas, que seja de forma moderada;

– Monitorar os níveis de colesterol;

– Evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.

A Sociedade Brasileira de Nefrologia também realizará ações em vários estados brasileiros. Confira aqui o Guia de Atividades!

Fontes:

  • Fundação do Rim do Ceará
  • Hospital Albert Einstein
  • Sociedade Brasileira de Nefrologia
  • World Kidney Day

(FOTO: ARQUIVO RÁDIO MEGA)