Envie seu whats:
(54) 99664-0955
   
/RS
Temp. Máx. ° Máxima
Temp. Mín. ° Mínima

MEGA NEWS Ver +


Safra de verão pode crescer 16,9% e ir a 35 milhões de toneladas no RSSafra de verão pode crescer 16,9% e ir a 35 milhões de toneladas no RS

Compartilhe:
Publicado em 28/08/2024, Por Jornal do Comércio

A safra de grãos de verão 2024/2025 deverá ser 16,9% superior no Rio Grande do Sul, chegando a 35 milhões de toneladas, se confirmadas as intenções de plantio dos agricultores e uma condição climática de La Niña fraco. A projeção foi apresentada pela Emater-RS nesta terça-feira (27), durante a 47ª Expointer, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil.

Apesar de os preços da soja estarem menos atrativos, a semeadura deve ocorrer em 6,8 milhões de hectares, com crescimento de 1,5% na área, apontou o diretor técnico da autarquia, Claudinei Baldissera. E render 21,6 milhões de toneladas, desempenho 18,5% maior do que na safra passada.

Já no milho, cultura mais afetada pelas chuvas intensas de abril e maio, a perspectiva é de redução de 7,4% na área plantada, ficando em 748 mil hectares. A produção, entretanto, pode chegar a 5,3 milhões de toneladas, 18,3% maior.

A Emater estima uma safra de 8 milhões de toneladas de arroz, volume 11,6% superior, conforme dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). E ocupar uma área 5,3% maior, de 948,3 mil hectares.

O maior aumento estimado está na cultura do feijão primeira safra, chegando a 26,8% e uma produção de 51,6 mil toneladas, em uma área 4,5% superior.  Os resultados estão diretamente condicionado à confirmação das projeções apresentadas pelo meteorologista Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS). Conforme o especialista, os modelos meteorológicos indicam possibilidade de um La Niña de baixa intensidade e curtas estiagens.

Para a primavera, o indicativo atual é de ocorrência menor de precipitações, temperaturas abaixo da média e geadas tardias. E, no verão, menos chuvas e temperaturas próximas da média histórica.

Baldissera ressaltou, porém, que, além da questão climática, o investimento dos produtores na recuperação dos solos degradados e na preparação das lavouras será determinante para a consolidação da área a ser cultivada. E que isso dependerá, especialmente, da equalização dos passivos junto aos agentes financeiros, inclusive no que diz respeito às safras anteriores, prejudicadas pela escassez de chuva, e da viabilização do acesso ao crédito, com juros adequados e prazos alongados para pagamento.

(FOTO: ARQUIVO RÁDIO MEGA)