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Banco Central faz novo corte de 0,5 ponto e taxa básica de juros cai para 12,75% ao anoBanco Central faz novo corte de 0,5 ponto e taxa básica de juros cai para 12,75% ao ano

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Publicado em 21/09/2023, Por O Sul

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cumpriu a expectativa e decidiu, nesta quarta-feira (20), reduzir a taxa Selic de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano, o menor patamar dos últimos 16 meses. A decisão foi unânime. Todos os diretores votaram pela redução.

A Selic é a taxa básica de juros da economia. O índice influencia todas as taxas de juros do País, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o Banco Central pode reduzir a Selic.

Ao justificar a queda na Selic, o Copom afirmou que a economia brasileira está crescendo, mas que o órgão espera uma desaceleração nos próximos trimestres. Com a economia desacelerando, desde que a inflação fique sob controle, mais cortes na Selic são esperados.

“Em relação ao cenário doméstico, observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres”, disse o Copom na nota.

Este foi o segundo corte seguido na taxa básica de juros neste ano. O primeiro recuo ocorreu em agosto. No comunicado da última reunião, o Copom sinalizou que poderia continuar reduzindo a Selic na “mesma magnitude” do corte adotado em agosto. Ou seja, de 0,5 ponto percentual.

Os agentes do mercado financeiro apostam na manutenção do ciclo de baixa com a redução de 0,50% em cada encontro. De acordo com dados do boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados nesta segunda-feira (18), a Selic deve chegar em 12,25% em novembro e em 11,75% ao fim deste ano.

O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia, dois deles indicados pelo presidente Lula. O colegiado costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir duas vezes, em 31 de outubro e 1º de novembro e em 12 e 13 de dezembro.

O ciclo de baixa mantido pelo BC nesta semana ocorre após intensas críticas do presidente Lula, além de outros membros do governo e representantes de atividades econômicas, sobre a estratégia de política monetária adotada pela autarquia nos últimos meses.

Antes de baixar os juros na reunião de agosto, O BC, presidido por Roberto Campos Neto havia segurado a Selic em 13,75% — o maior patamar desde novembro de 2016 — por cerca de um ano.

No início deste mês, o petista voltou a defender a queda dos juros e afirmou que Campos Neto “não conversa” com ele. Lula também disse que era importante todos saberem que “o presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior”.

“Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou, e quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, disse.

O presidente ainda afirmou que iria continuar “brigando” pela queda dos juros e pontuou os efeitos que as taxas elevadas infligem nas atividades.

“Não pensem que eu acho que o juro tá baixo. O juro ainda tá alto”, afirmou. “E precisa abaixar os juros. Não é possível. Como que o empresário vai investir? Como que vai fazer uma fábrica? Como vai fazer um investimento qualquer, se ele vai pegar a taxa de juros muito alta? Então nós vamos continuar brigando”.

(FOTO: ARQUIVO RÁDIO SANANDUVA)