"Bohemian Rhapsody", a cinebiografia do Queen, e especialmente de seu vocalista Freddie Mercury, foi o grande vencedor do Globo de Ouro de 2018. O longa ganhou como melhor filme na categoria drama, superando favoritos como "Nasce Uma Estrela" e "Infiltrado na Klan", e também consagrou Rami Malek como ator dramático. A vitória surpreende especialmente pelo fato do filme ter tido muitos problemas durante a sua produção. Bryan Singer, que tem o crédito de diretor, foi despedido no meio do trabalho e coube a Dexter Fletcher terminar de gravar as suas cenas. O clima de estranheza ficou explícito no momento do agradecimento final, quando o produtor Graham King, homenageou diversas pessoas envolvidas no projeto, mas em nenhum momento citou os seus diretores (a não ser que se considere o obrigado "para todos que me esqueci", dito no discurso). Malek, por sua vez, estava mais animado. O ator agradeceu a May e Taylor, e, claro, o vocalista da banda morto em 1991. "Obrigado Freddie Mercury por me dar a melhor viagem da minha vida. Obrigado seu homem maravilhoso. Essa é para você, lindo", disse. Quem também deve ter se sentido estranho na festa, ocorrida na noite de ontem (6) em Los Angeles, foi o ator Sacha Baron Cohen, que estava indicado, mas perdeu, como ator em série de comédia ("Who Is America?"). O inglês, famoso pelo personagem Borat, esteve cotado para viver Freddie no cinema ainda em 2010. "Divergências criativas" entre ele e os produtores, além de May e Taylor, levaram ao seu desligamento do projeto e abriu caminho para que Malek assumisse o papel de sua vida. As suas chances no Oscar certamente estão agora bem altas. O outro grande vencedor do Globo de Ouro, que é entregue pela Associação de jornalistas estrangeiros de Hollywood, foi "Green Book", de Peter Farrelly, que ganhou como melhor roteiro, ator coadjuvante (Mahershala Ali) e filme de comédia ou musical. (FOTO: JORDAN STRAUSS/INVISION/AP)
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