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Dólar cai a 5 reais e 3 centavos, menor valor desde o dia 15 de junhoDólar cai a 5 reais e 3 centavos, menor valor desde o dia 15 de junho

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Publicado em 30/08/2022, Por O Sul

A semana começou com o dólar cotado a R$ 5,0334, em queda de 0,88% – este  é o menor valor da moeda desde 15 de junho deste ano, quando valia R$ 5,026. Bastante descolada do mercado internacional, a moeda norte-americana chegou a operar em alta pela manhã, mas inverteu o sinal com influência externa e passou a perder fôlego gradativamente, até colocar o real como a divisa de melhor desempenho entre as de países emergentes e exportadores de commodities. O Ibovespa fechou próximo da estabilidade, subindo 0,02%, aos 112.323 pontos.

O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, operava estável, aos 108,806 pontos. Entre os argumentos no mercado para justificar a queda expressiva estiveram a continuidade do ingresso de recursos externos para renda fixa e variável e a especulação típica de final de mês, com investidores buscando influenciar na formação da última taxa Ptax do mês – medida de referência para liquidação de contratos.

O dólar já vinha descolado do mercado global de moedas nos últimos dias, principalmente na sexta-feira, quando a moeda teve queda moderada, em dia de estresse dos mercados internacionais com o discurso duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

“Depois do impacto da sexta-feira, hoje já há uma percepção de que o Fed não vai fazer o que está falando, uma vez que os indicadores estão mostrando fragilidade da economia americana. Aumentos mais fortes terão impacto ainda maior sobre atividades como a construção de casas, por exemplo”, disse o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, ao justificar a continuidade da atratividade do mercado brasileiro aos olhos do investidor estrangeiro.

Segundo ele, há ingresso de recursos para ações na Bolsa, especialmente em ações de commodities, mas é necessário ver esse movimento com cautela. “Temos uma eleição presidencial à frente e nenhum dos candidatos na polarização explicou como vai tratar questões como a rolagem da dívida pública com juros a 13,75%”, diz. Segundo Velloni, um eventual movimento mais forte de realização de lucros na bolsa pode ter reflexos diretos no câmbio, que se aproxima de um suporte psicológico importante.

Para o gerente de operações da B&T Corretora, Marcos Trabbold, o dólar tem pouco espaço para novas quedas, à medida que se aproxima do piso informal das últimas semanas, em torno de R$ 4,90. “O dólar está bastante descolado do exterior, puxado pelo fluxo e já pela disputa pela Ptax, que tem sido antecipada. Mas a cotação vem se mantendo no intervalo entre R$ 4,90 e R$ 5,40. Fora desse patamar, o mercado aciona ordens de compra e de venda”, afirma o profissional, que acredita que somente fatos novos poderão alterar esse quadro no curto prazo.

No decorrer da semana, alguns indicadores econômicos relevantes serão divulgados nos Estados Unidos e na Europa, que poderão trazer mais elementos para o cenário de estagflação que se desenha nessas economias. Os investidores operam sob expectativas pela inflação ao consumidor na zona do euro, na quarta-feira, que tende a se manter elevada, e pelo relatório de empregos nos EUA, o payroll, de agosto, que será conhecido na sexta-feira.

Bolsa

A disparada das cotações do petróleo, em alta de cerca de 4%, tanto em Londres quanto em Nova York, apoiou nesta segunda as ações de empresas do setor de energia pelo mundo, o que aparou as perdas das bolsas americanas e ajudou a deixar o Ibovespa no azul – ainda que timidamente. As ações da Petrobras foram impulsionadas em mais de 2%

Aqui, descolada do sinal de Wall Street, a referência da B3 atingiu na máxima da sessão a marca de 113.221,54, saindo de abertura aos 112.295,87 – na mínima, foi a 111.689,15 pontos. Mas praticamente zerou os ganhos nos minutos finais da sessão, ao fechar aos 112.323,12 pontos, em leve alta de 0,02%.

A commodity reage à possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, corte a oferta do óleo. A temporada de furacões no Atlântico, o impasse no acordo nuclear do Ocidente com o Irã e a crise política no Iraque também impulsionam a cotação do barril.

(FOTO: PEXELS)